E teve início a campanha.
Com seus personagens-prontos, jogadores ausentes, atropelos na impressão das estatísticas e quase TRÊS horas de atraso. Tudo dentro dos conformes, em se tratando do nosso grupo. Se é mau sinal ou não, nem me pergunte, mas acredito que uma boa história esteja para ser contada. Não podia ser diferente quando se resolve juntar deuses-dragão, heroísmo exagerado e magia prodigiosa!
Apesar dos contratempos, foi uma sessão que considerei descomplicada e sem delongas. Os personagens saltaram de um encontro para outro com quase nenhuma interação no meio tempo (à notável exceção da captura de Thesker, um PdM, pelas tropas de Sckhar --preciso bolar um jeito de premiar essas coisas...), mas não conseguiram jogar tudo o que eu tinha preparado. O quanto melhor! Assim nem preciso preparar tanto para a próxima!
Tsc! Como se eu conseguisse não criar mais uma coisinha sequer...
Estrelando:
Kaillandra é uma donzela élfica pertencente à alta nobreza de Sckharshantallas devido a um único e impressionante motivo: carrega no ventre o próximo filho do dragão-rei!
Siegfried, o único paladino de Sckhar, é agora o zeloso guardião de Kaillandra. Sua maior missão é garantir que a criança que ela espera venha ao mundo em segurança.
Ehrlic ganha sua vida como herborista em Khershandallas e recebeu o honroso (e secreto) dever de cuidar da gravidez de Kaillandra.
Najjaira também é conhecida como a Lâmina de Cohlen: por ter planejado a morte da conselheira-mor e por possuir olhos de cores diferentes. Não à toa tem um bando de soldados de Sckhar à sua procura.
Thesker, o Velho, é um sábio e recluso senhor, associado à perigosa Lâmina de Cohlen por possuir poderes tão estranhos quanto os dela.
Nerfelot. O oficial responsável por capturar e trazer o velho Thesker até o comandante das tropas em Khershandallas.
Anteriormente...
A outrora pacata cidade de Khershandallas foi ocupada por Elmos do Dragão, soldados do exército de Sckhar, para evitar um golpe: o assassinato da Conselheira-Mor Khirollandra pela terrível Lâmina de Cohlen. Mas os soldados estão se excedendo em seu dever e provocando o caos entre as pessoas, com prisões, confiscos e violência.
Enquanto isso, a cidade recebe desapercebidamente a visita de duas figuras importantes: o paladino de Sckhar e sua protegida, aquela que traz no ventre o próximo filho do dragão.
Resumo da ópera
Kaillandra e Siegfried visitam Ehrlic, o herborista, em segredo. Essa visitas têm sido constantes, visto que a elfa está cuidando de sua gravidez de risco através de uma mistura especial preparada pelo próprio Ehrlic. Eles temem que a situação se torne pública e possa afetar de alguma forma a imagem de Sckhar.
Para a surpresa de todos, a Lâmina de Cohlen é apanhada na casa do herborista, depois de ter ouvido toda a conversa às escondidas.
Antes que se decida o que fazer com a assassina, Kaillandra tem uma crise e, com o poder do dragão-rei que se encerra nela fora do controle, incendeia toda a casa de Ehrlic.
Algum tempo antes, elmos do dragão liderados por Nerfelot chegam à cabana do velho Thesker, num bosque próximo, com a missão de levá-lo prisioneiro. Um grupo de aventureiros nomeados membros da milícia pela conselheira-mor, no entanto, se interpõe em defesa do ancião. Uma sangrenta batalha se dá entre eles, até que Thesker se entrega para evitar mais derramamento de sangue.
Levado pelos soldados, Thesker é amarrado a um poste em praça pública, junto a outros "suspeitos" de colaborarem com a Lâmina de Cohlen. O acontecimento causa comoção entre o povo, necessitando da intervenção da conselheira-mor em pessoa para libertar o ancião.
Neste momento, fumaça vinda da residência do herborista chama a atenção dos soldados, que são enviados imediatamente para averiguar.
O que eles encontram é estarrecedor: uma conflagração causada pelo poder bruto de Sckhar, emanado de uma de suas concubinas. E o único paladino do dragão-rei. Contudo, esta foi sua condenação, pois, para evitar a vergonha de seu senhor e deus, Siegfried não permite que nenhum deles escape com vida.
O improvável grupo formado pelo paladino, sua protegida, a assassina e o herborista precisa agora fugir, porém tudo está cercado (de fogo e soldados). E eis que, para sua surpresa, Ehrlic aponta uma passagem secreta para um refúgio. E esta não é a única revelação que reserva...
Observações
- Siegfried é FODA!
- Um guardinha-chulé quase descobre o segredo de Kaillandra logo no início do jogo. Poderia ter sido mais fácil de evitá-lo se o poder Terror Astral tivesse sido usado nele em vez da Intimidação (poder não é só para situações de combate, zentê!)
- Os jogadores estão precisando de "deixas" para agir, do tipo: "o que vocês fazem?" ou "agora são vocês que interpretam". Dos dois, um: ou minhas narrações estão muito longas ou muito deterministas. Em qualquer dos casos, envolver não significa prender!
- O combate dentro da loja de Ehrlic com tudo desabando em chamas foi massa! Adicionar um elemento caótico e externo aos combatentes deixa as coisas mais interessantes!
- PdM na mão de jogador só faz merda! Depois reclamam quando têm que esperar sua vez de jogar! Nessas situações só aparece personagem suicida, fanfarrão ou que acha que poder diário tem a cor verdinha no nome! Ou as três tendências de uma vez! É a síndrome do: "Ah, dane-se! Não sou eu mesmo!".
- Pode parecer desperdício de saliva, mas a descrição das ações dos jogadores deveria seguir a fórmula: "Eu uso minha ação [tipo de ação] e [descrição da ação]". Para ataques, adicione o nome do poder de ataque à descrição e complemento com toda informação necessária, tais como: o resultado da jogada (não do d20!), a defesa atacada, o dano e o tipo de dano causado, além dos efeitos pertinentes.
Exemplos:
"Eu uso minha ação mínima e gasto uma Palavra de Cura. Gasta um pulso de cura aí, Sérgio, e recupera 1d6 pvs a mais."
"Com minha ação de movimento, eu ajusto pra cá e fico flanqueando ele."
"Eu corro com a minha ação de movimento e me jogo dentro do buraco!"
"Eu dou um Golpe Fulminante nesse bicho vermelho. Vinte e dois contra CA; se pegou, causei doze de dano flamejante... hmm... ah, sim! E leva cinco de dano flamejante contínuo!"
- D&D 4 não funciona sem fichazinha coloridinha, preparadinha, bonitinha e sem matriz-riscável-e-apagável de combate!
- Preciso criar um sistema para premiar boas interpretações (não somente do seu personagem!) e combates brutais. Que venham os dados heróicos e selvagens! Hell yeah!
Calabria, na categoria melhor zumbi coadjuvante, com sua primorosa imitação de sonâmbulo. Só faltou trocar o "rooonc!" por "miooolo!".
Sérgio, o Velho, na categoria melhor figurante sem nome. O cara gritou, rosnou, queimou, ameaçou e vociferou... no papel de um figurante de 1° nível! É muito drama para um homem só, rapá!
No próximo capítulo...
O grupo procurado pelos soldados deve escapar ao cerco cada vez mais apertado e, para isso, deverá considerar a viagem para um território ainda mais desolador que as masmorras da capital. Isto é, se eles passaram a poupar a vida dos prisioneiros de uns tempos pra cá...
Esse oscar nao vem com XP extra naum? :)
ResponderExcluirA proposito... Cade as fichas para download?
ResponderExcluirAs fichas estarão disponibilizadas para download em breve, conforme mais da história dos personagens seja revelado.
ResponderExcluirQuanto ao xp extra, melhor se esforçar para ganhar o prêmio em outras categorias, tipo: melhor atriz mexicana ou personalidade esdrúxula mais original. ;)
Poxa, o negócio tá quente desde a primeira história... espero que o jogador ausente apareça na próxima sessão
ResponderExcluirQuando eu leio essas descrições de juca eu só lembro da voz do narrador de cavaleiros do zodiáco na introdução do episódio!!! hueheuheuhe!
ResponderExcluirVersão brasileira: Álamo!
ResponderExcluirPS: Relembrar é viver!
http://www.youtube.com/watch?v=OnDOw4GQxWY
E meus atributos, serão jogando os dados ou por pontos.
ResponderExcluirSe for jogando o dado joga ai e me diz.
valheu
Pensei em algo melhor. E não será necessário mudar de personagem. ;)
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