quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Através da tempestade - Parte 1



Dia das Bruxas. Dia de Eleição. Dia de RPG. E, depois, Finados. Eventos que aparentemente nada têm a ver entre si, mas que na verdade tiveram influência direta uns nos outros. Primeiro porquê foi a inauguração da Arena Imperial de Valkaria, a "rinha de personagens oficial" da campanha. Nela, o grupo experimenta os seus poderes e põe em prática suas esdrúxulas táticas em combate que não pertencem à história. Como uma espécie de tutorial temático, os heróis aprendem na prática do que são capazes. E, como não poderia deixar de ser, para a ocasião: bruxas e mortos-vivos!

As comemorações da eleição e o feriado prolongado, por sua vez, permitiram que a sessão se estendesse até tarde (embora um ou outro jogador estivesse bêbado de sono) e se repetisse em caráter extraordinário na noite seguinte.

E pela primeira vez conseguimos jogar 100% do planejado, incluindo o espetacular confronto entre Siegfried e o líder dos guerreiros do deserto.

Sim, você leu certo: dois PdMs fodões desceram a madeira pra valer!

Estrelando:

Nerfelot, um dedicado elmo do dragão, determinado a pôr as mãos nos rebeldes que têm deixado um rastro de soldados mortos em sua fuga.

Ehrlic, o improvável Guardião da Árvore da Vida destruiu o objeto de sua proteção a fim de que não caísse em mãos erradas e agora procura por ajuda dos líderes locais das Vinhas.

Siegfried, o único paladino do dragão-rei, viu o segredo de seu senhor quase ser revelado e para evitar isso se tornou um dos assassinos procurados.

Kailandra passa por uma gravidez de risco, mas fará o possível para não perder a cria de Sckhar que carrega dentro de si.

Najjaira, a Lâmina de Cohlen, conseguiu fugir dos elmos do dragão, mas conseguirá escapar do alcance da lança de Sieg?

Velho Falcão-Fênix é o líder ancestral das Vinhas de Allihanna no oriente do deserto. Suas decisões ponderadas carregam a experiência de anos sem fim.

Tholgrid, o mago anão de Wynlla, meteu-se em toda esta confusão apenas por ser diferente e acabou tendo que fugir para o esconderijo das Vinhas na desolação.

Xara Alluh'Hadin. O silencioso líder dos beduínos Morrashins leva e traz do deserto o fino artesanato do seu povo para o de Chifrazul.

Anteriormente...

No último capítulo: A temível Lâmina de Cohlen - Parte 2

A perseguição aos envolvidos no incidente na casa de Ehrlic se intensifica conforme os elmos do dragão, liderados por Nerfelot, avançam pelo mesmo caminho utilizado pelos fugitivos. Estes, guiados pelo guardião, deixam a cidade e o reino, rumando para o esconderijo das Vinhas de Allihanna nos ermos.

Enquanto isso, Thesker e o anão Tholgrid são libertos por um bando de infames aventureiros ligados às Vinhas e também escapam para o deserto. Mas o velho xamã é alvejado durante a travessia do Rio dos Deuses e nem mesmo os poderes de cura de seus aliados é o suficiente para salvar sua vida. Sem opções, Tholgrid acompanha os desolados aventureiros para Chifrazul, o covil de um antigo dragão protegido pelas místicas tempestades da perdição.



Resumo da ópera

Perseguindo os assassinos que incendiaram a loja do herborista, um grupamento de elmos do dragão ousa adentrar as perigosas areias do Deserto da Perdição e enfrentar sua imensidão. Nerfelot, talvez afetado pelo clima extremo, volta a ter sonhos com sua falecida esposa, mas não desencoraja, ordenando a continuarem com as buscas. A sorte não parece estar com ele, contudo; uma súbita tempestade de areia envolve os soldados, trazendo consigo os temíveis beduínos Morrashins, especialistas em emboscadas em meio à ventania. Nerfelot é o único sobrevivente do encontro, sendo feito prisioneiro dos bandoleiros.

Em Chifrazul, Ehrlic e os demais são recebidos com suspeita pelos devotos da deusa, que o condenam por trazer o paladino do dragão a um refúgio secreto da ordem e a péssima notícia da destruição da Árvore da Vida, clamando por uma reunião com os líderes locais. Mas a situação torna-se crítica quando a Lâmina de Cohlen é reconhecida entre eles, pois ela é considerada culpada pela morte de Thesker pelos membros do Bando Podre, os aventureiros responsáveis pelo resgate do ancião. Apenas com a intervenção do Velho Falcão-Fênix, o mais antigo dos líderes de Chifrazul, é que os ânimos são contidos e a Ehrlic é concedida a reunião.

Kailandra, que havia desacordado com a árdua viagem, recebe cuidados do clérigo do Bando, mas Siegfried é superprotetor e ordena ser deixado a sós com ela no leito rudimentar que lhe conseguiram. Era a oportunidade que Najjaira desejava para começar a planejar sua fuga, porém é frustrada pela informação de que apenas os Sar-Allan do deserto e os Vinhas de Allihanna são capazes de atravessar as tempestades. Deste modo, ela fica conhecendo o mago Tholgrid e ambos prometem se ajudar para sair da difícil situação em que se encontram: cativos da imensidão.

Perto dali, o guardião revela para o conselho dos anciões o motivo de estar ajudando um servidor do dragão-rei: adquirir poder sobre ele fazendo uso de seu segredo no futuro, forçando-o a colaborar com os interesses da seita. Mais do que isso: Falcão-Fênix reconhece a importância desta criança caso seja educada nos princípios de Allihanna, embora o único modo de manter a concubina do rei ali é convencendo o paladino de que eles são os únicos capazes de cuidar dela.

Neste momento, chegam a Chifrazul os Morrashins, uma família dos Sar-Allan que negocia com os Vinhas do local e trazem consigo --além de tecidos, jóias e armas finas-- Nerfelot como escravo (ainda que muito bem tratado e alimentado). Isto causa um impasse entre Siegfried, revoltado com tamanha insolência, e o xara (chefe) dos beduínos, Alluh'Hadin. Novamente, o Velho Falcão-Fênix intervém na última hora e resolve a questão pagando em ouro pelo escravo e concedendo-o ao servo de Sckhar.

Um festejo, então, é preparado para a noite, a fim de celebrar a amizade entre o povo do deserto e o da deusa. A música e os risos seguiam altos quando foram bruscamente interrompidos pelo desafio de Siegfried a Alluh'Haddin: conhecendo o código de honra destes guerreiros, o paladino propõe um combate com seu líder para conseguir dele a travessia segura pela desolação até perto de Ghallistryx, capital de Sckharshantallas. O Morrashim deseja apenas Najjaira como sua quinta esposa, caso seja sua a vitória.

O terrível embate se dá ali mesmo, diante de todos, culminando com a vitória de Sieg, para a vergonha dos Sar-Allan...

Observações
  • Na Arena Imperial, os jogadores foram comidos de pau pela Bruxa Uivadora e seus Sabujos Sombrios, demonstrando que eles ainda são vulnerabilíssimos à deslocamento não-convencional (tipo teleporte). Por outro lado, contra a legião de Zumbis Imprestáveis (eles fazem por merecer o nome), Kailandra comandou o massacre, mostrando o poder do Controlador --o crowd control dos MMORPG. Creepou geral!
  • Jesus é deus! Venceram o PRIMEIRO desafio de perícia! Ô, glória!
  • Os dados heróicos e selvagens funcionaram maravilhosamente bem, embora o limite e momento de uso deles precise ser revisado.
  • Um lacaio não pode conceder um dado selvagem!
  • A aventura está passando de um encontro de combate para outro muito rapidamente e talvez os jogadores não estejam acompanhando a história no mesmo passo. Quem sabe não seria a hora de respirar, fechar as anotações e deixar os personagens interagirem mais com o cenários por trás do enredo?
  • Um exemplo óbvio disso é a rapidez com que o covil de Chifrazul figurou na narrativa (e também no interesse dos jogadores). A solução vai ser planejar uma sessão filler para que possam lutar despreocupadamente com estes elementos.
  • Tá, ok, tudo bem! Permitir que jogador descreva as ações do personagem, seja no sucesso ou no fracasso, é potencializar a colaboração de cada um com a história. Lindo. Maravilhoso. 'Tô chorando aqui até agora. Mas dá pra fazer isso sem demorar tanto, tirando a meia-hora de floreio ululante?
  • Está escrito nas entrelinhas desde o princípio (não, nada de escatologia aqui), mas os comentários também são o espaço para SUGESTÕES, CRÍTICAS e OBSERVAÇÕES dos jogadores --e improváveis acompanhantes da saga. Portanto, metam brasa que eu fico no aguardo de excluir qualquer colocação mal-criada! >8D
  • Já foi dito pessoalmente, porém reitero: não deveria me intrometer nestes assuntos, visto que minha contribuição é quase sempre ínfima, mas renderia mais se, em vez dos 5 tibares de ouro para a pizza, vocês usassem METADE disso para encher a mesa de salgadinhos e biscoitos! #ficaadica
  • Continuo precisando de uma impressora (mas já encontrei uma barata pra comprar).
  • Se rinha de personagem é legal, a de PdM é maisquemió!
And the Oscar goes to...

Padilha, na categoria melhor aspirante a narrador. Deixa a gente narrar também, meu fi!

Chico, na categora melhor inimigo dos meus aliados e vencedor do título mãos negras de Mordor. Porquê o d20 dele só vai até o 10 e depois volta na contagem. Um no dado bóia!

No próximo capítulo...

Iniciam-se os preparativos para a longa viagem através do deserto. Siegfried está realmente decidido a retornar o quanto antes à capital. E, julgando quem ele é, quem poderá impedi-lo?

Post Scriptum

É provável que não haja sessão no domingo próximo, tendo em vista uma viagem minha para o interior, surgida inesperadamente.

Em seguida, voltaremos à programação normal.

6 comentários:

  1. Ei po, apesar de todos os meus dados heroicos terem dado resultado pior ou tão ruim quanto as minhas jogadas, eu acho que pelo menos 50% da culpa é dos dados.

    Ponho a culpa neles pq eles não podem se defender.
    hehehe

    flw

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  2. Culpa é sua e n dos dados Chico.
    Faltou falar da estúpida insistência dos PJs em n usar os seus poderes (Alo Sergio e Laercio).
    Em relação ao "acompanhar a história" os PDM estão ditando o ritmo da narrativa,logo um efeito de afastamento, por parte dos PJs, surge como conseqüência natural.

    Te amo, Sieg! Me liga! Envia essa lança flamejante no meu Badaró!

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  3. Hmm... Sei. De novo, né?

    O que faremos para impedir o "efeito de afastamento" dos PJs? Devolver o controle dos PdMs para o mestre ou torcer para que os jogadores venham menos sonolentos para a sessão, porquê acordados eles participam mais?

    E não estou sendo irônico. Ou estarei correndo o risco de que desistam do jogo (de novo).

    Né?

    (HAsuhaushUAHS! Eu me divirto!)

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  4. Quando agente terá certeza que não vai haver sessão esse domingo?
    Ou já é certeza?

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  5. Minhas passagens estão compradas. A possibilidade de NÃO ter aumentou para 95%.

    Quando estiver em Pesqueira, desmarco a sessão com certeza.

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  6. Cheguei em Pesqueira. A sessão pode ser considerada desmarcada para este domingo.

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